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Redutores de calda (pH) e produtos complexantes de metais

      A qualidade da água nas pulverizações agrícolas nem sempre é conhecida pelos agricultores e técnicos. Devem-se levar em consideração todos os fatores relacionados à qualidade da água utilizada nas aplicações de agrotóxicos para que não haja interferência na rentabilidade da atividade agrícola (Bernardo, 2007). A utilização de água com qualidade é possível, desde que seja dada a devida atenção às suas características, bem como a realização de um manejo adequado, como filtração e/ou utilização de produtos adjuvantes. Segundo Kissmann (1997), o pH é dos fatores que pode influenciar na eficiência de uma aplicação. Quando o pH da água está alto, pode ocorrer a rápida degradação do produto por hidrólise alcalina; visto que a constante de dissociação de moléculas iônicas depende do pH. A absorção do produto pelos tecidos vegetais também é variável, dependendo da molécula ser neutra ou dissociada em cátions e ânions (Wanamarta & Penner, 1989). Azevedo (2001) relata que, na formulação dos pesticidas, são tomadas precauções para que as moléculas tolerem pequenas variações de pH, mas se forem extremas, podem afetar a estabilidade das mesmas. Para a correção da calda geralmente se busca abaixar o pH por meio da adição de um ácido fraco ou diluído. Na calda pode ocorrer a presença de um efeito tampão, a qual não sofre variação de pH quando adicionados uma pequena quantidade de ácido (Harris, 1999). A dureza da água em pulverização é outro fator que interfere no desempenho dos pesticidas (Buhler & Burnside, 1983; Sanchotene et al., 2007). Para a correção, pode ser inserido um agente complexante de metais à calda de pulverização, antes da adição do pesticida, visando à eliminação da reatividade dos íons presentes em solução. Diversos compostos como o ácido cítrico, o ácido fenólico e o EDTA podem ser usados (Bernardo, 2007). Inoue et al. 28 Rev. Bras. Herb., v.7, n.1, p.26-35, jan./jun. 2008 Com o aumento do pH de uma solução contendo glyphosate, o herbicida mais consumido no mundo, Mervosh & Balke (1991) verificaram a ocorrência de sucessiva desprotonização das moléculas do herbicida, que formam complexos estáveis, diminuindo a eficiência do produto.

Tabela 1. Nome comercial, fabricante e composição dos produtos redutores de pH

Tabela 2.Nome comercial, fabricante e composição dos produtos complexantes de metais

Tabela 2.Nome comercial, fabricante e composição dos produtos complexantes de metais

REFERÊNCIA

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